No final da Idade Média os estados da Europa começaram a descobrir a África e encontraram aí reinos ou estados. Os primeiros contatos com estes povos não foram imediatamente de dominação, mas de carácter comercial. No entanto, os conflitos originados pela competição entre as várias potências europeias levaram no século XIX à dominação, e geralmente à destruição de reinos, processo este que culminou com a partilha do Continente pelos estados europeus na Conferência de Berlim, em 1885.
No entanto, as duas grandes guerras mundiais no século XX deixaram aqueles países sem condições para manterem um domínio económico e militar nas suas colónias. Estes problemas levou as antigas potências coloniais a negociarem a independência das colónias.
Apesar de toda a união entre os povos africanos, firmada na Conferência dos Povos da África, a independência de alguns países, como a Argélia e a República Democrática do Congo, somente foi alcançada após desgastantes conflitos que se estenderam por até anos de guerra.
A França em 1960 reconheceu a independência da maioria das suas colónias africanas como a Tunísia, Marrocos e a Argélia.
A Itália foi o último país europeu a chegar ao continente africano e também o primeiro a retirar-se. As únicas colónias italianas na África foram a Líbia e a Somália. A independência das ex-colónias italianas processou-se logo no início do pós-guerra, tendo a ONU um papel importante nesse cenário.
A independência das colónias portuguesas na África iniciou-se em 1973 com a declaração unilateral da República da Guiné Bissau. As restantes colónias portuguesas ascenderam à independência em 1975, na sequência da Revolução dos Cravos.
A Espanha colonizou o que corresponde hoje ao atual norte do Marrocos, a Guiné Equatorial e a Saara Ocidental. O Marrocos atual tornou-se independente em 1956 e a Guiné Equatorial tornou-se independente em 1968.
O atual território da Saara Ocidental se tornou independente em 27 de fevereiro de 1976. Porém, sua independência não foi e ainda não é reconhecida pela ONU. Apenas 60 países reconheceram sua independência.
Nas regiões de colonização inglesa, o movimento descolonizador caracterizou–se, em geral, pela ruptura pacífica. Foram os casos, por exemplo, de Gana, Nigéria, Serra Leoa e Gâmbia. No Quênia, entretanto, a emancipação política foi precedida de conflitos violentos devido à resistência da população branca do país. A Independência total da África do Sul foi em 1931.