Áreas de preservação Ambiental no estado de Santa Catarina


Em Santa Catarina, a devastação da vegetação nativa ocorreu principalmente no período de ocupação inicial de suas terras para a formação de campos de pastagens, plantações, usinas hidrelétricas e até construções de cidades e estradas.




Desmatamento próximo à Reserva Biológica do Sassafrás, 2008. Doutor Pedrinho (SC).


 Desmatamento próximo à Reserva Biológica do Sassafrás, 2008. Doutor Pedrinho (SC).

Desmatamento próximo à Reserva Biológica do Sassafrás, 2008. Doutor Pedrinho (SC).

Desmatamento próximo à Reserva Biológica do Sassafrás, 2008. Doutor Pedrinho (SC – Imagem em Alta Resolução




Áreas antes ocupadas por florestas nativas catarinenses hoje dão lugar ao reflorestamento com pínus e a campos para pecuária.


 Áreas antes ocupadas por florestas nativas catarinenses hoje dão lugar ao reflorestamento com pínus e a campos para pecuária.

Áreas antes ocupadas por florestas nativas catarinenses hoje dão lugar ao reflorestamento com pínus e a campos para pecuária.

Áreas antes ocupadas por florestas nativas catarinenses – Imagem em Alta Resolução







Unidades de conservação



Para frear a degradação dos ambientes naturais, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais, foram criadas leis de preservação ambiental e identificadas as áreas cuja diversidade biológica deve ser protegida.

Essas áreas são chamadas de unidades de conservação. Em algumas delas são desenvolvidas atividades de lazer e ecoturismo, mas sempre de forma controlada e respeitando a biodiversidade existente. Em outras nem mesmo é permitida a entrada de visitantes, ficando restrita a pesquisadores.



As unidades de conservação são classificadas em dois grupos: unidades de proteção integral e unidades de uso sustentável.

As unidades de proteção integral são áreas que devem ser mantidas sem nenhuma modificação ou interferência humana. Classificam-se em:

  • estações ecológicas;
  • reservas biológicas;
  • parques nacionais;
  • monumentos naturais;
  • refúgios de vida silvestre.

Vamos conhecer algumas das unidades de proteção integral de Santa Catarina.



Estação Ecológica da Mata Preta: situada no município de Abelardo Luz, essa unidade foi criada com o objetivo de preservar a floresta de araucária.


Reserva Biológica da Marinha do Arvoredo: localiza-se próximo a Bombinhas, nas ilhas do Arvoredo, Deserta, Galés e Calhau. É considerado o mais importante sítio arqueológico, onde os pesquisadores encontraram vestígios da ocupação humana, sambaquis e até inscrições rupestres. Lá são realizados estudos científicos sobre a fauna e a flora marinha.


Reserva Biológica da Marinha do Arvoredo, 2006. Bombinhas (SC).


 Reserva Biológica da Marinha do Arvoredo, 2006. Bombinhas (SC).

Reserva Biológica da Marinha do Arvoredo, 2006. Bombinhas (SC).

Reserva Biológica da Marinha do Arvoredo, 2006. Bombinhas (SC) – Imagem em Alta Resolução



Parque Nacional Aparados da Serra: fica entre a divisa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, na Serra Geral. É formada por paredões de até 700 m de altitude, formando impressionantes cânions. O ecossistema é formado pela Mata Atlântica e florestas de araucárias, campos e penhascos, que são moradas de aves como: papagaio-do-peito-roxo, jaguatirica, guaxinim e leão-baião.


Parque Nacional Aparados da Serra


  Parque Nacional Aparados da Serra

Parque Nacional Aparados da Serra

Parque Nacional Aparados da Serra – Imagem em Alta Resolução





Parque Estadual da Serra do Tabuleiro: foi criado em 1975 com o objetivo de proteger a biodiversidade da região e as nascentes de rios que abastecem as cidades da mesorregião grande Florianópolis e do sul do estado. O nome se deve à presença da Serra do Tabuleiro que possui cume em formato tubular. Fazem parte do parque as ilhas do Siriú, dos Cardos, do Lago, do Andrade, do Coral e os arquipélagos Três Irmãs e Moleques do Sul. No Parque é permitido lazer associado ao ecoturismo, sendo também realizadas pesquisas científicas sobre a fauna e a flora local.


Parque Estadual da Serra do Tabuleiro


 Parque Estadual da Serra do Tabuleiro

Parque Estadual da Serra do Tabuleiro

Parque Estadual da Serra do Tabuleiro – Imagem em Alta Resolução





Unidades de uso sustentável


Já as unidades de uso sustentável têm como objetivo permitir o uso racional dos recursos naturais por comunidades locais, mantendo a conservação da biodiversidade da área. Classificam-se em:

  • Área de Proteção Ambiental (APA);
  • área de interesse ecológico;
  • floresta nacional;
  • reserva extrativista;
  • reserva da fauna;
  • reserva de desenvolvimento sustentável;
  • reserva particular do patrimônio natural.

Vamos conhecer algumas unidades de uso sustentável.




APA da Baleia Franca: localiza-se na região litorânea entre o sul da ilha de Florianópolis e as proximidades do Balneário Rincão no município de Içara. Tem por finalidade proteger a espécie de baleia-franca-austral que, em razão da caça indiscriminada desde o período colonial, está ameaçada de extinção. A região, nos meses de junho a novembro, é utilizada pela espécie para se reproduzir. Dessa forma, também se protegem as outras espécies de animais e vegetação nativa existentes nesta área.

São permitidos na APA a ocupação humana e o desenvolvimento de atividades econômicas, como a pesca artesanal e industrial, o turismo, a ocupação imobiliária, a agricultura, todas de forma sustentável e obedecendo às leis que protegem a APA.


APA Ilha de Anhatomirim: localizada próximo ao município de Governador Celso Ramos, constitui-se de uma ilha rochosa onde foram construídas pelos portugueses fortalezas de uso militar no século XVIII, na época da ocupação da região. Nessa região a fauna marinha é diversa e rica, sendo os golfinhos a atração do turismo ecológico. O conjunto de construções militares foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).


APA Ilha de Anhatomirim


  APA Ilha de Anhatomirim:

APA Ilha de Anhatomirim

APA Ilha de Anhatomirim – Imagem em Alta Resolução



Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé: está localizada na baía sul da ilha de Florianópolis. Possui grande área de manguezais e é rica também em crustáceos e aves marinhas, com destaque para o molusco berbigão, fonte de renda para mais de 1 000 famílias de pescadores que vivem na reserva.

Foi criada em 1992, com o objetivo de garantir a conservação das espécies de vida do manguezal e a prática do extrativismo da população local, assegurando o uso e manejo sustentável dos recursos naturais ali existentes. Os habitantes locais têm direito de mariscar no estuário do rio de acordo com as normas de manejo de produção sustentável.




Reserva Particular do Patrimônio Natural do Rio das Lontras: é um tipo de conservação ambiental criada por iniciativa do casal Pimentel Teixeira, em 2005. Por ato voluntário, a família buscou o órgão responsável pelo meio ambiente, Ibama, desejando transformar parte da área particular em reserva de proteção da biodiversidade ali existente.

A Reserva do Rio das Lontras está localizada nos municípios de São Pedro de Alcântara e Águas Mornas. Esse local possui uma imensa diversidade biológica devido à floresta – Mata Atlântica – e aos animais que vivem ali, como guaxinins, tatus, gambás, esquilos e muitas lontras, motivo do nome da reserva. O objetivo da área é contribuir com a pesquisa científica em educação ambiental.


Além desta, existem muitas outras reservas particulares do patrimônio nacional em Santa Catarina.




 Áreas de preservação Ambiental no estado de Santa Catarina - SC